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Em 31 de julho de 2025, a Administração Chinesa do Ciberespaço (CAC) convocou a NVIDIA para explicar possíveis vulnerabilidades de segurança identificadas em seus chips H20, especificamente destinados ao mercado chinês. Esta convocação ocorre em meio a tensões persistentes entre os Estados Unidos e a China em torno das tecnologias de computação avançada e inteligência artificial.
Acusações relacionadas a capacidades de "rastreamento" e "desativação remota"
De acordo com vários meios de comunicação chineses e especialistas em cibersegurança citados pela imprensa local, os chips H20 da NVIDIA integrariam funções de tracking e remote shutdown (desligamento remoto), permitindo potencialmente uma desativação unilateral ou localização dos dispositivos. Essas capacidades tecnológicas já haviam sido mencionadas anteriormente por alguns legisladores americanos, que apoiam a integração de mecanismos de controle em semicondutores exportados para países terceiros, especialmente a China.
Segundo declarações veiculadas pela mídia oficial, essas tecnologias de rastreamento seriam agora "maduras" e operacionais nas últimas gerações de chips de IA da NVIDIA, notadamente os H20, concebidos como versão limitada dos chips A100/H100 para se conformar às restrições americanas à exportação.
Uma resposta regulatória baseada na legislação chinesa
Com base na Lei de Cibersegurança, na Lei de Segurança de Dados e na Lei de Proteção de Informações Pessoais, o regulador chinês exigiu da NVIDIA uma resposta formal sobre os riscos potenciais associados a esses componentes. A empresa americana deverá fornecer evidências técnicas e documentais relativas às falhas alegadas, bem como uma demonstração de conformidade com a legislação local em termos de soberania digital e segurança de infraestruturas críticas.
O encontro de 31 de julho se insere em um contexto mais amplo de reafirmação do controle tecnológico pela China, que recentemente endureceu suas exigências sobre equipamentos de informática estrangeiros usados em empresas públicas, infraestruturas críticas e projetos de pesquisa estratégicos.
NVIDIA em uma posição delicada
A empresa, cujos produtos estão no centro da explosão da IA generativa mundial, encontra-se novamente no centro de questões geopolíticas. Já obrigada pelas autoridades americanas a limitar as capacidades de suas GPUs destinadas à China, a NVIDIA tenta há vários meses manter sua presença neste mercado estratégico sem infringir as regras de exportação de Washington nem as de cibersegurança de Pequim.
O modelo H20 havia sido concebido para atender a essas restrições, mantendo performances aceitáveis para os grandes modelos de IA. As acusações de vulnerabilidades ou "portas dos fundos" podem complicar ainda mais o já precário equilíbrio da empresa entre regulações opostas.
Cet article publirédactionnel est publié dans le cadre d'une collaboration commerciale