Yann LeCun, nascido em 1960 perto de Paris, é uma figura emblemática no campo da inteligência artificial (IA) e, mais especificamente, do aprendizado profundo. Formado pela ESIEE Paris e doutor pela Universidade Pierre-et-Marie-Curie, ele é reconhecido por suas contribuições significativas no campo das redes neurais convolucionais (CNN), que revolucionaram a visão computacional e o reconhecimento de imagens. Em 1988, ele concebeu a famosa rede LeNet-5, utilizada para o reconhecimento de caracteres manuscritos, lançando assim as bases das CNN modernas.
Yann LeCun é um dos pioneiros do deep learning, uma tecnologia que permite às máquinas aprender a partir de dados. Seus trabalhos sobre redes neurais convolucionais abriram caminho para avanços significativos na detecção de objetos, segmentação semântica e classificação de imagens. Em 2013, ele se juntou ao Facebook para liderar o laboratório FAIR (Facebook Artificial Intelligence Research) em Nova Iorque, depois em Paris, onde se concentra no reconhecimento de imagens e vídeos. Atualmente, ele ocupa o cargo de Chief Scientist na Meta (anteriormente Facebook), enquanto leciona na Universidade de Nova Iorque.
Yann LeCun continua na vanguarda da pesquisa em IA. Entre suas contribuições recentes, está o modelo I-JEPA, desenvolvido pela Meta, que visa prever partes ausentes de uma imagem ou texto com mais precisão do que os modelos atuais de IA generativa. Baseado em sua visão, o I-JEPA repousa sobre uma arquitetura que supera as limitações dos sistemas de IA atuais, aprendendo "modelos globais" de forma auto-supervisionada, diretamente a partir de dados não rotulados.
Yann LeCun é uma figura influente e frequentemente polarizadora no campo da IA, devido à sua defesa do open source e à sua oposição a regulamentações muito rígidas que poderiam frear a inovação. Ele é um fervoroso defensor do open source, acreditando que é crucial que as plataformas de IA sejam abertas e acessíveis a todos. Essa posição o distingue de seus colegas Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio, com quem compartilhou o prestigiado Prêmio Turing em 2019, muitas vezes considerado o "Nobel da computação".
Yann LeCun está envolvido em vários projetos que visam empurrar os limites da IA. Ele é conselheiro científico para iniciativas como o Kyutai, um laboratório de ciência aberta em IA, e apoia start-ups como a Nabla, que desenvolve soluções de IA para a saúde. Além disso, ele participa ativamente dos debates sobre o futuro da IA, defendendo uma regulamentação que não impeça a inovação e promovendo aplicações éticas da IA.
Em suma, Yann LeCun continua a ser uma figura central na inteligência artificial, tanto por suas contribuições científicas quanto por sua influência na direção que este campo em rápida evolução está tomando. Sua visão otimista e sua defesa do open source continuam a marcar o panorama da IA e do aprendizado de máquina.
Yann LeCun, né le 8 juillet 1960 à Paris, est l’un des chercheurs les plus influents de l’histoire moderne de l’intelligence artificielle. Franco-américain, il est notamment connu pour avoir posé les bases des réseaux de neurones convolutionnels (CNN), aujourd’hui au cœur des systèmes de reconnaissance d’images, de la vision par ordinateur et plus largement du deep learning.
Il obtient son diplôme d’ingénieur à l’ESIEE Paris en 1983, puis un doctorat à l'Université Pierre-et-Marie-Curie en 1987, sous la direction de Maurice Milgram. Après un postdoctorat à l’Université de Toronto, il entame une carrière prestigieuse au Bell Labs, puis à NYU, où il est professeur depuis 2003.
Depuis 2013, Yann LeCun est Chief AI Scientist chez Meta (ex-Facebook), où il a fondé le laboratoire FAIR (Facebook AI Research), devenant l’un des visages majeurs de l’IA académique et industrielle.
Parmi ses élèves et collaborateurs notables figurent Raia Hadsell, Koray Kavukcuoglu ou encore Wojciech Zaremba, qui ont tous marqué à leur tour l’IA moderne.
Son travail a été salué par de nombreux prix prestigieux, dont :
le Turing Award en 2018 (aux côtés de Geoffrey Hinton et Yoshua Bengio),
le Harold Pender Award,
le Princess of Asturias Award,
et une distinction de Chevalier de la Légion d’honneur en 2020.
Yann LeCun est également membre de l’Académie nationale des sciences des États-Unis, Fellow de l’ACM, de l’AAAI et de la AAAS, et docteur honoris causa de plusieurs universités, dont l’EPFL et l’Université Côte d’Azur.
À travers ses publications, prises de position et travaux théoriques, LeCun défend une vision ambitieuse de l’IA, fondée sur l’apprentissage auto-supervisé comme pilier de l’intelligence artificielle générale. Très actif sur les réseaux sociaux, il y partage réflexions, critiques et débats sur l’avenir de l’IA.
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